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Endividamento e contas atrasadas aumentam no mês de junho no Paraná

O número de paranaenses endividados aumentou no mês de junho, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR). Neste mês, 88,7% das famílias afirmam possuir algum tipo de dívida, enquanto em maio esse percentual era de 84,5%. Em junho de 2013, o percentual de consumidores com dívidas era de 87,8%. O endividamento dos paranaenses continua bem acima da média nacional, que contabiliza 62,7% das famílias com dívidas.

Junho também registra um volume maior de famílias com contas em atraso, que passou de 26,8% em maio para 27,6%. A diferença é ainda mais expressiva ante junho de 2013, quando 18,7% dos entrevistados estavam com os pagamentos em aberto.

O percentual dos consumidores que não terão condições de quitar suas dívidas se manteve estável. Era de 9,9% no mês passado e está em 10,2% em junho. No mesmo mês do ano anterior, 6,2% das famílias revelaram que não conseguiriam pagar as contas atrasadas.

O cartão de crédito continua sendo o principal motivo das dívidas para 64,4% dos paranaenses, seguido pelo financiamento de veículos (13,6%) e pelo financiamento imobiliário (10,6%). No entanto, verifica-se uma queda no uso do cartão pelas classes A e B. Em junho, o percentual de pessoas com renda superior a dez salários mínimos com compras parceladas no cartão de crédito é de 63,2%, mas era de 70,6% no mês passado. Nas classes C, D e E houve pouca variação, passando de 66,1% em maio para 64,6% em junho.

Do total de entrevistados, 23,3% afirmam estar muito endividados; 45,7% se consideram mais ou menos endividados; 19,7% pouco endividados e apenas 11,3% não têm dívidas. As classes A e B possuem o nível mais elevado de comprometimento da renda, com 29,3% dos consumidores nesse perfil declarando-se muito endividados, ante 22,1% nas classes C, D e E.

Em comparação com junho de 2013, constata-se que o nível de endividamento dobrou ao longo dos últimos 12 meses. O percentual de consumidores muito endividados naquela época era de apenas 10,5%.

O tempo médio do atraso nos pagamentos ficou em 56 dias no mês de junho, sendo de 58 dias nas classes C, D e E e de 47,6 dias nas classes A e B.  Já o tempo médio de comprometimento da renda com dívidas é de 7,6 meses. A parcela da renda comprometida com dívidas mensais é de 31,5%.

Fonte: Fecomercio/ Imprensa