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Comércio do Paraná mantém alta nas vendas acima da média nacional

As vendas do comércio varejista do Paraná tiveram crescimento real (descontada a inflação) de 13,9% em junho, em relação a junho de 2011, mantendo-se acima da média nacional, que foi de 12,3%. Foi a maior expansão entre os estados das regiões Sul e Sudeste do País, conforme demonstra a Pesquisa Mensal do Comércio, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O dado refere-se ao conceito ampliado de varejo, que inclui os segmentos de veículos, motos e material de construção.

Sete das dez atividades avaliadas pela pesquisa apresentaram crescimento nas vendas, com destaque para artigos farmacêuticos e de perfumaria (22,7%), veículos, motos, partes e peças (22,7%), móveis e eletrodomésticos (22,1%) e artigos de uso pessoal e doméstico (20,1%).

No acumulado no primeiro semestre, as vendas do varejo cresceram 9,7% no Paraná – o maior do Sul e do Sudeste e bem acima da média nacional (7,0%). Os segmentos com melhor desempenho no período foram artigos farmacêuticos e de perfumaria (24,2%), artigos de uso pessoal e doméstico (22,9%), móveis e eletrodomésticos (17,7%) e hipermercados e supermercados (14,2%).

No período de 12 meses encerrado em junho, o comércio varejista do Estado ampliou as vendas em 8,5%, em relação ao mesmo período do ano anterior – novamente o melhor desempenho entre os estados mais desenvolvidos. Tiveram destaque no período os segmentos de artigos farmacêuticos e de perfumaria (20,3%), móveis e eletrodomésticos (18,3%), artigos de uso pessoal e doméstico (16,3%), hipermercados e supermercados (10,9%) e material de construção (9,6%).

No conceito restrito de varejo (que exclui as vendas de veículos, motos e material de construção), o setor cresceu 11,3% em junho no Paraná, 13,5% no semestre e 11% em 12 meses. A média nacional foi de 9,5% em junho, 9,1% no semestre e 7,5% em 12 meses.

Para o diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, quatro fatores explicam o bom desempenho do comércio paranaense: o dinamismo do mercado de trabalho regional, ancorado na subida do emprego e dos salários; os efeitos da construção civil, mesmo com a desaceleração verificada no mês de junho; a recomposição da renda do agronegócio, decorrente da alta dos preços externos das commodities, da valorização do dólar e do recorde na colheita de milho safrinha; e as medidas de estímulo ao consumo adotadas pelo governo federal, particularmente nos ramos de automóveis e motos e eletrodomésticos.