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Janeiro registra 168.944 tentativas de fraude contra o consumidor

Janeiro de 2015 registrou 168.944 tentativas de fraude conhecida como roubo de identidade, em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou mesmo obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor. Isso representa uma tentativa de fraude a cada 15,9 segundos no país. Não houve variação significativa em relação a dezembro de 2014, quando o indicador apontou 168.878 tentativas de fraude. Em relação a janeiro de 2014, houve queda de 9,4%.

De acordo com economistas da Serasa Experian, a queda das tentativas de fraudes em janeiro/15 na comparação com o mesmo mês do ano anterior decorre do atual quadro recessivo da economia e da baixa confiança dos consumidores que, evitando ampliar seus níveis de gastos e de endividamento, vão menos às compras. Assim, fica reduzido o potencial de atuação dos fraudadores pela menor circulação de consumidores nos mais variados mercados.

Em janeiro/15, telefonia respondeu por 71.478 registros, totalizando 42,3% do total de tentativas de fraude realizadas, queda em relação aos 45,2% registrados pelo setor no mesmo mês de 2014. Já o setor de serviços – que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos etc.) – teve 47.356 registros, equivalente a 28,0% do total. No mesmo período no ano passado, este setor respondeu por 27,6% das ocorrências. O setor bancário foi o terceiro do ranking em janeiro/15, com 34.826 tentativas, 20,6% do total. No mesmo mês de 2014, o setor respondeu por 18,1% dos casos. O segmento varejo teve 12.251 tentativas de fraude, registrando 7,3% das investidas contra o consumidor em janeiro de 2015, mesmo percentual observado em janeiro de 2014. O ranking de tentativas de fraude de janeiro de 2015 é composto ainda por demais segmentos (1,8%).

Principais tentativas de golpe

É comum que as pessoas forneçam seus dados pessoais em cadastros na Internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites. Além disso, os golpistas ainda costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.

Entre as principais tentativas de golpe apontadas pelo indicador da Serasa Experian estão:

  1. Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão.
  2. Financiamento de eletrônicos (Varejo) – o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima.
  3. Compra de celulares com documentos falsos ou roubados.
  4. Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima. Neste caso, toda a “cadeia” de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa possível prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio.
  5. Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima.
  6. Abertura de empresas: dados roubados também podem ser usados na abertura de empresas, que serviriam de ‘fachada’ para a aplicação de golpes no mercado.

Precaução

Antes de realizar uma venda a prazo, as empresas devem adotar cuidados simples, como:

1ª – Pedir sempre dois documentos originais (como RG, CPF, Carteira de Habilitação);

2ª – Verificar inconsistências nos documentos apresentados. Por exemplo, se a foto é recente, porém a data de emissão do RG é de quando a pessoa tinha 10 anos de idade ou vice-versa.

3ª – Procurar confirmar se as informações fornecidas pelo cliente são verdadeiras, analisando atenciosamente se o nome apresentado nos documentos é o mesmo que consta no comprovante de residência;

4ª – Solicitar ao cliente o número do telefone residencial e faça a checagem dos dados naquele instante;

5ª – Consultar alguma ferramenta de prevenção a fraudes disponível no mercado;

6ª – Se a suspeita de fraude for grande e o comerciante não se sentir seguro com a venda, é recomendável pedir que uma parte ou todo o pagamento seja feito à vista.

Para saber mais, acesse o site www.serasaexperian.com.br.

Fonte: Serasa