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Dívidas serão foco do 13º salário e presentes ficam de lado

De acordo com pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (ANEFAC), 74% dos brasileiros devem usar o 13º salário para pagar dívidas neste final de ano.

O percentual é maior do que no ano de 2014, quando 68% dos entrevistados afirmavam que usariam o benefício para pagar dívidas.

Houve também uma mudança na intenção de usar o 13º salário para a compra de presentes. Enquanto em 2014, 11% dos entrevistados pretendiam usar benefício para comprar presentes, neste ano o percentual foi reduzido para 8%, uma queda de 27,7%,

Da mesma forma, entre o ano passado e este também diminuiu de 11% para 8% o percentual de pessoas que pretende poupar e aplicar o 13º para fazer frente às despesas de início do ano, como IPVA, IPTU, material e matrículas escolares.

Assim como no ano passado, 2% dos entrevistados usarão o 13º salário para comprar imóveis ou reformá-los e apenas 2% pretendem investir parte do valor que restar.

A pesquisa também mostra que tanto em 2014, como em 2015, 6% dos brasileiros solicitaram parte do 13º salário ao longo do ano, junto às férias, ou solicitaram empréstimos a bancos para antecipar o benefício.

Principais dívidas

De acordo com a Anefac, dentre os entrevistados que pretendem usar o 13º salário para pagar dívidas, a maioria (44%) usará o dinheiro para quitar pendências no cartão de crédito. Em 2014, o percentual era de 43%.

O cheque especial é a segunda principal modalidade de dívida a ser quitada, citada por 39% dos entrevistados. Em 2014, 38% disseram que usariam o benefício para pagar dívidas nessa linha de crédito.

Os resultados mostram que, assim como nos outros anos, grande parte dos consumidores (83%) têm dívidas contraídas no cheque especial e no cartão de crédito e pretendem utilizar os recursos do 13º salário para regularizá-las.

Em terceiro lugar, aparecem as dívidas com financiamentos bancários em atraso, citados por 7% dos entrevistados – ante 8% em 2014.

Uma parcela menor, de apenas 4% dos entrevistados usará o 13º salário para regularizar dívidas junto ao comércio que levaram seu nome a ser negativado. E o mesmo percentual, 4%, usará o benefício para regularizar dívidas em atraso com o comércio, mas que não chegaram a deixar seu nome sujo. Em 2014, 4% usaram o dinheiro para regularizar o nome e 5% para regularizar dívidas em atraso, mas sem negativação.

Presentes mais comprados

A pesquisa também investigou quais tipos de presentes devem ser mais comprados. As roupas ficaram em primeiro lugar, com 75% das intenções. O percentual é ligeiramente maior do que o verificado em 2014, quando 73% dos entrevistados disseram que comprariam roupas com o 13º salário.

Em segundo lugar, o produto mais comprado neste Natal deve ser o celular, com 73% das intenções, ante 75% em 2014.

Os produtos eletrônicos, como aparelhos de DVDs, rádios, home theater, filmadoras e máquinas fotográficas, ficaram em terceiro lugar, citados por 65% dos entrevisados (em 2014, o percentual era de 67%). O mesmo percentual, de 65%, foi verificado para a intenção de compra de bens diversos.

Em quarto lugar ficaram os brinquedos, com 49% das intenções de compra. Em 2014, os brinquedos eram citados por 52% dos compradores. Segundo a Anefac, a redução de compras de brinquedos pode ser atribuída à mudança de hábitos dos consumidores, que vêm preferindo cada vez mais produtos eletrônicos e celulares.

Produtos de informática aparecem em seguida (38%), seguidos por eletrodomésticos (12%), materiais de construção (6%) e móveis (4%).

Valores

A maioria dos gastos (42%) devem ficar na faixa de valor de 200 a 500 reais, quase o mesmo percentual verificado em 2014 (43%).

A segunda faixa de valor mais citada foi de 100 a 200 reais, citada por 32% dos entrevistados (ante 30% em 2014). Em seguida, aparece a faixa de valor de até 100 reais, apontada por 16% dos respondentes, ante 14% em 2014.

Gastos de 500 a 1.000 reais foram citados por 6% dos entrevistados (contra 8% em 2014). Já as faixas de valores maiores, concentraram os menores percentuais: 2% na faixa de 1.000 a 2.000 reais; 1% de 2.000 a 5.000 reais; e 1% para a faixa de mais de 5.000 reais.

Os resultados mostram que houve um aumento no número de consumidores que pretendem gastar um valor menor com os presentes de Natal neste ano. Em 2015, 90% dos consumidores pretendem gastar no Natal até 500 reais, contra 87% em 2014.

Já na faixa de valor de até 100 reais, houve aumento de 14,29% e na faixa entre 100 e 200 reais, houve elevação de 6,67%. As maiores reduções se deram entre os consumidores que pretendem gastar entre 1.000 e 2.000 reais, com queda de 33,33%, e entre aqueles que pretendem gastar entre 500 e 1.000 reais com uma queda de 25%.

Fonte: Exame.com